A ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, de 34 anos, viúva do milionário Renê Sena, protocolou na Justiça uma proposta de acordo com Renata Sena, filha única do ganhador da Mega-Sena, para pôr fim à disputa que as duas travam por uma herança. Na petição, juntada ao processo do inventário dos bens de Renê, Adriana propõe a suspensão das ações judiciais que uma move contra a outra, e que as duas dividam a herança - bloqueada há seis anos por determinação judicial. Com os juros, a bolada já supera os R$ 100 milhões, segundo fontes ligadas ao processo.
Na esfera cível, Renata move contra a viúva uma ação de indignidade, com base na acusação de que ela foi a mandante da morte de Renê. Segundo a denúncia do MP-RJ, Adriana teria encomendado a morte do milionário após ele dizer que ia excluí-la da herança por ter descoberto que estava sendo traído. Marcus Rangoni, advogado de Renata, disse que sua cliente não fará acordo.
— Renata nunca vai fazer acordo com a mulher que encomendou o assassinato do pai dela para ficar com a herança. Renata não está interessada apenas no dinheiro: ela quer fazer Justiça e impedir que a assassina usufrua do dinheiro. As provas contra ela no processo criminal são robustas e, além disso, os jurados (que a absolveram) não precisaram fundamentar sua decisão. Estamos certos de que Adriana será declarada indigna e, desta forma, excluída do testamento de Renê.
Por outro lado, a viúva move uma ação de investigação de paternidade contra Renata. Jackson Rodrigues, advogado de Adriana, diz que há dúvidas de que Renata seja mesmo filha de Renê, o que lhe garante 50% da herança. Até o julgamento dessas duas ações cíveis, Adriana e Renata estão impedidas de sacar sua parte na herança. De acordo com o último testamento de Renê, cada uma deve ficar com 50% da fortuna.
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